quarta-feira, 20 de junho de 2012

... então, eu escrevo.


Publicar um texto é um jeito educado de dizer: "Me empresta
seu peito porque a dor não tá cabendo só no meu."
(Tati Bernardi)


     Eu tentei. Foram salas e mais salas de consultórios de paredes frias, tão frias quanto as almas das pessoas que ali atendiam. Nem nesse ambiente hostil a dor quis ir embora. Pagar para alguém te escutar falando de seus problemas? Que mundo patético! A dor ria à gargalhadas.  Eu tentei. Tentei afogá-la, entorpecê-la, defenestrá-la. Ela era mais forte. Balançava a cabeleira e zombava de mim. Nada era páreo para ela.
   
     Aí eu escrevi. Uma, duas, dez vezes.
    
     Escrevo, não porque ela irá embora, mas porque ela fica mais calma, mais leve, mais fácil de ser carregada. Às vezes, ela até se afasta um pouquinho e me permite uma tragada de ar. Só às vezes. E como diria C. Lispector: "Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha."


Bruna.

domingo, 6 de maio de 2012

I'm back!

Voltei. É, voltei mesmo. Pra valer.  Eu sei, são quase dois anos desde a última publicação, quase nenhuma alteração no layout. But I'm back!

Eu gostaria de começar agradecendo à vocês, seguidores, por terem continuado fiéis mesmo com toda essa ausência. É, é clichê sim. Mas, eu fiquei genuinamente feliz quando reabri a página e lá estavam vocês, com esses sorrisos, quase como se dissessem: "Ei, você voltou. Welcome back! We missed u!" Então, aqui vai o meu "clichesco" (neologismos me agradam!) muito obrigada e as minhas sinceras desculpas pelo sumiço.


Durante esse tempo, minha vida foi uma acelerada corrida em um carro sem freios, batendo em uma parede ou outra, tentando recuperar o equilíbrio  e a direção. Felizmente, cheguei ao fim com vida. Embora não sem danos. 

Não tenho mais 17 anos. Agora, já estou com 19. Ééé ... !

As boas notícias são a minha aprovação no vestibular (sim, aero nos aguarda! Rumo à Federal!), meu primeiro vôo e o meu inglês, finalmente, no nível avançado. Por outro lado, nunca estive tão estragada sentimentalmente como nos últimos dois anos. Conteúdo para o blog é o que não vai faltar. Enquanto recebia o meu canudo - com mérito - de formanda do ensino médio, não pude deixar de sentir a ironia de estar, juntamente, recebendo mais uma DP na escola da vida.

BUT I'M BACK!

(e isso é tudo o que importa, no momento).

Um beijo,
Bruna B.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pensamento da Semana

- Aproveitando meu post anterior, vou citando uma frase de lá mesmo, para refletirem.

"Quer mentir ? Escreva ficção ! É a melhor maneira de se contar a maior mentira já existente e ainda ser paga por ela."

Quer Mentir ? Escreva Ficção !

OBS: O post não é grande, é você que tem preguiça de ler !

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Ultimamente, eu ando cansada de mentira. Creio que depois de 17 anos nesse mundo hipócrita, as mentiras já chegaram aos fios do meu cabelo. Não posso ouvir uma, minúscula que seja, que já me irrita. Não consigo nem sequer cruzar com um aspirante a mentiroso, sem ter que dar meia-volta e ir direto à sala do meu terapeuta.

POR QUE AS PESSOAS MENTEM ?
Honestamente, há quanto tempo a humanidade tenta responder a essa pergunta? Já escutei tantas teorias que perdi a conta.

Há indivíduos que se justificam através da célebre frase: “menti para protegê-lo”. Apenas me expliquem: quem em sã consciência quer ser protegido por uma mentira?

Certo dia, conheci uma jovem. Bonita, por volta dos 20 anos de idade,caloura na faculdade. O grande problema era que ao ir para o curso, ela parava no barzinho de frente para a escola, junto com os “amigos-para-sempre-conhecidos-há-uma-semana”. Com o passar do tempo, os convites não ficavam mais restritos ao barzinho; iam além. No entanto, seus pais não a deixavam sair, por precaução. O que ela fez ? Mentia. Sobre tudo. Seus pais logo desconfiaram, mas não havia como provar e sempre que a confrontavam, ela respondia grosseiramente. Três meses se passaram nessa situação. A jovem afirmava que aquele era o melhor ano de sua vida. Isso porque naquele ano, seus pais de tanta preocupação e sofrendo de hipertensão, quase morreram após um ataque cardíaco; naquele ano ela colocou na boca a primeira gota do líquido que a deixaria em uma irmandade "AA" por anos; e naquele ano, oito meses após o início de suas mentiras, ela estava grávida de uma noitada em uma república qualquer e sem dinheiro para continuar os estudos. Ao conversar com ela, eis a explicação: “eu não queria dizer à eles (pais) sobre a bebida nem as festas, pois eles me proibiriam. Eles sempre foram contra. Então, apenas menti para não desapontá-los e também protegê-los do que eu estava me tornando.”

Agora, eu fico me perguntando: ela não os desapontou ainda mais ? Do que realmente ela os protegeu ? Por que as pessoas mentem, mesmo? Ah, já havia feito essa pergunta!

Com a imensa dúvida latejando em minha mente, eu recorri a maior sabedoria da atualidade: Google. Grande foi minha surpresa, quando ao receber 279.000 resultados, inclusive de livros sobre o assunto e teorias feitas por doutores das mais diversas áreas, não encontrei nenhuma resposta que realmente me convencesse.

Frustrada, comecei a escrever esse texto, sem nem idéia de como terminá-lo. Foi então que eu percebi que como não possuo a resposta, proponho a solução:

Quer mentir? Escreva ficção! É a única maneira de se contar a maior mentira já existente, ser paga por ela, tornar-se conhecido e ainda, quem sabe ganhar um prêmio de Literatura?

domingo, 18 de julho de 2010

Pensamento da Semana

Na verdade, esse pensamento surgiu quando eu tinha uns 13 anos de idade, "revoltada" com a vida e passando por aquela crise existencial.

"Sou como um pássaro em uma gaiola, me dão tudo o que preciso: amor, carinho, alimento... exceto liberdade."

sábado, 17 de julho de 2010

Identidade

- Às 5:30h de uma manhã de sexta-feira, eu lembrei que não havia feito uma redação sobre "Identidade", para a aula de AC (Ação e Cidadania). Sem nem pensar no que estava escrevendo, em quinze minutos eu fiz uma redação, comi um cereal, "corri" os 35km até a escola e o incrível aconteceu: a professora gostou. Aqui está o resultado:

IDENTIDADE


Sou as idas à escola e as voltas da igreja; a paixão por astronomia e a ânsia por astronáutica; as manhãs na melhor escola do mundo e as madrugadas em hospitais para conter as gripes; as tardes vazias e as noites cheias de tributos; os fins de semana de descanso e as semanas corridas.

Sou todas as excursões que meus pais não me deixaram ir e todas as viagens em família; todas as conversas sem sentido e todas as conversas sobre Galileu; todos os (incontáveis) livros da minha vida e todas as más redações.

Sou tudo aquilo que meus pais deram o máximo de si para ensinar e tudo aquilo que a minha vizinha ensinou sem querer; tudo aquilo que a mídia não conseguiu colocar em mim e tudo aquilo que as pessoas me fizeram "ter para ser aceita"; tudo aquilo que falaram de mim e tudo o que falei dos outros.

Sou toda aquela fé em Deus e todo aquele amor pela família; toda a loucura pelos amigos e toda a admiração pelos professores; toda excitação pelos astronautas e todo o entusiasmo pelos pilotos.

Enfim, sou tudo aquilo que me fizeram e me farão acreditar; toda a influência dos meus amigos, assim como a de um pedestre qualquer e principalmente, todo o aprendizado, carinho, amor e dedicação de Deus e dos meus pais.